Author: Tatyane Diniz
•17:18
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NOSSOSegredos
(06/01/2009)

Faz algum tempo atrás quando eu andava sozinha por um bosque de esmeraldas. O calor da cidade me deixava muito distraída. Tudo era green, mata fechada e apenas eu... uma garota em busca de algo que queria registrar nos desejos mais infinito de meu egoísmo. O que eu queria mesmo era possuir aquele lugar mais de uma forma ou de outra ela já fazia parte de mim. Sentada ao lado de um lago greem, sim porque tudo lá tinha de ser verde... não sei porque mas tudo que eu queria mesmo era espiritualizar-me... sugar toda energia que a natureza fez questão de brotar por lá! O sol clareava tanto que sua mistura de verde com amarelo ficava alaranjado... e então as cores se uniam como forma de agradecimento pela pureza que emanava no pequeno pedaço de terra. Então tive coragem de me banhar no lago... água morna... gostosa e de repente vi muitos sapos que habitavam por lá... a unica dedução que imaginei na hora é que eles tinham uma energia verde... Tive vontade de sair correndo, sim porque odeio sapos... mas outrora compreendi que eles imaterializavam o lago. Portanto deixei que todos os sapos olhassem para mim, ele me olhavam de um jeito... eu que era uma diva... eles me esnobavam e nem me deram um pingo de ousadia. É até idiota da minha parte não querê-los por perto... mas eu estava em um lugar deles, sua proprieadade e ainda me dava o luxo de sentir medo, nojo ou coisa parecida.
Todos os sapos tinha razão para me olharem daquele forma: um mulher que vem até aqui e não desfruta da beleza desse lago só pode ser louca... assim eu tentava decifrar o olhar de cada um deles. E depois me dei conta de que eu sempre amei sapos quando criança e agora sinto medo... Por quê? Sim, essa é a pergunta que me faço por anos... mas o bosque das esmeraldas me fazia voltar... a ser eu mesma e a gostar de coisas simples da vida.
(Tatyane Diniz)
Author: Tatyane Diniz
•16:31
Talvez eu não quisesse ser mais criança. E essa modalidade dói a cada pôr-do-sol. Sei bastante que nossos hérois ou amiguinhos imaginários desaparecem quando crescemos. É mais ou menos quando ficamos adultos: precisamos mudar de lugar ou então quando os nossos amigos vão para longe de nós. Essa é mais uma etapa que não somos mais crianças... a vida continua e vai ser assim: conhecer pessoas maravilhosas e que em algum momento nos deixarão ou nós mesmos nos deixamos abandonar e que circularão em nossas veias ou em corredores do nosso coração. Crescer não dói, o que dói é não querer que a vida nos contagie com seu "ouro", planejamos um sonho, pintamos as cores de nossos ideais e mais uma vez deixamos de ser crianças: aprendemos a andar sozinhos sem o apoio da mamãe para não caírmos. A vida me ensinou a ir em busca da felicidade. É triste a escolha quando precisamos merecer o amor ou ser julgado pelo o outro, tudo porque temos questionamentos diferentes. Talvez ser criança seja melhor mas ela nunca poderá ir ao outro lado da esquina para comprar um passaporte para conhecer outros lugares. O máximo que ela poderá fazer é assistir a desenhos animados ou imaginar e que para sua decepção continuará no mesmo lugar de onde nunca saiu. Preciso levar alguns socos no estômago quando me decepcionar com alguém, mas tudo isso faz parte de minha evolução quanto homem aqui na Terra. Posso estar delirando ao escrever estas palavras, que não sei porque insistem que manifestem-se e que gritem: "a criança está dentro de você e ela nunca morre", frase feita, clichê, eu não me importo. Somos ensinados sempre a ganhar tempo, a não chegar atrazado... a sermos os melhores e quando se vacila a culpa é do seu eu, da sua pessoa que não planejou sua vida e que não promoveria a menor hipótese de se tornar alguém sem sonhos, sem esperança, sem amor a vida. Olha, digamos que você se transformou em um vegetal. Não tenho medo de envelhecer ou morrer! Se eu tiver que colher margaridas em uma areia movediça e atolar que importa, o bom da vida é correr o risco e não o medo de vivê-la.
Author: Tatyane Diniz
•11:18

Assim mais um dia se passa dentro do próprio coração uma voz rouca, miúda e sempre calada. Mais uma vez nos entregamos a dor de sentir o medo do nada e muito menos perceber que os motivos para se viver podem ser equiparados ao vôo da borboleta. Ela vai nutrindo-se do bater de suas asas e vai fortalescendo-se a cada parada em flor em flor. Nada se escuta naquele lugar escondido e sem perspectiva, apenas o barulho do bater das asas que mais parece um turbilhão de sentimentos que desaparece em cada parada do seu coração.
(Tatyane Diniz)