Talvez eu não quisesse ser mais criança. E essa modalidade dói a cada pôr-do-sol. Sei bastante que nossos hérois ou amiguinhos imaginários desaparecem quando crescemos. É mais ou menos quando ficamos adultos: precisamos mudar de lugar ou então quando os nossos amigos vão para longe de nós. Essa é mais uma etapa que não somos mais crianças... a vida continua e vai ser assim: conhecer pessoas maravilhosas e que em algum momento nos deixarão ou nós mesmos nos deixamos abandonar e que circularão em nossas veias ou em corredores do nosso coração. Crescer não dói, o que dói é não querer que a vida nos contagie com seu "ouro", planejamos um sonho, pintamos as cores de nossos ideais e mais uma vez deixamos de ser crianças: aprendemos a andar sozinhos sem o apoio da mamãe para não caírmos. A vida me ensinou a ir em busca da felicidade. É triste a escolha quando precisamos merecer o amor ou ser julgado pelo o outro, tudo porque temos questionamentos diferentes. Talvez ser criança seja melhor mas ela nunca poderá ir ao outro lado da esquina para comprar um passaporte para conhecer outros lugares. O máximo que ela poderá fazer é assistir a desenhos animados ou imaginar e que para sua decepção continuará no mesmo lugar de onde nunca saiu. Preciso levar alguns socos no estômago quando me decepcionar com alguém, mas tudo isso faz parte de minha evolução quanto homem aqui na Terra. Posso estar delirando ao escrever estas palavras, que não sei porque insistem que manifestem-se e que gritem: "a criança está dentro de você e ela nunca morre", frase feita, clichê, eu não me importo. Somos ensinados sempre a ganhar tempo, a não chegar atrazado... a sermos os melhores e quando se vacila a culpa é do seu eu, da sua pessoa que não planejou sua vida e que não promoveria a menor hipótese de se tornar alguém sem sonhos, sem esperança, sem amor a vida. Olha, digamos que você se transformou em um vegetal. Não tenho medo de envelhecer ou morrer! Se eu tiver que colher margaridas em uma areia movediça e atolar que importa, o bom da vida é correr o risco e não o medo de vivê-la.
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