CUIDADO, NEM TODO "BASEADO" É O QUE CAUSA DEPENDÊNCIA.
Quando era adolescente nunca tive vontade de experimentar o cigarro. Mesmo porque já havia lido muitas reportagens sobre os danos que o cigarro causa a nossa saúde. Leremos o texto abaixo:
Como o tabagismo causa dependência?
A nicotina, uma das 4720 substâncias tóxicas do cigarro, tem o poder de causar três tipos de dependência. São elas:
Dependência física: o organismo do fumante se acostuma a receber uma certa dose de nicotina e, quando ele deixa de fumar, o corpo sente falta e precisa se adaptar à ausência dessa substância. Este período de adaptação é denominado síndrome de abstinência , quando podem ocorrer: ansiedade, irritabilidade, inquietação, dificuldade de concentração, tristeza, dor de cabeça, tonteira, alteração no sono e no ritmo intestinal.
Dependência psicológica ou emocional: o cigarro serve, muitas vezes, como uma bengala, um amortecedor para as emoções, sejam elas desagradáveis ou não. Então, o fumante acaba utilizando o cigarro para lidar com o estresse, solidão, para relaxar e até mesmo para comemorar.
Dependência comportamental ou de hábito: o fumante estabelece uma rotina no uso do cigarro, associando o ato de fumar com algumas atividades e hábitos, como fumar e tomar um cafezinho, fumar para ir ao banheiro, fumar depois das refeições e muitas outras. Nesses casos, o fumante acende o cigarro automaticamente, até mesmo sem notar.
Fonte: http://www.floripasemfumaca.pmf.sc.gov.br/?p=tabagismo
Escrevendo esse comentário de minha vida pude lembrar que quando era criança o meu pai fumava e já não bastasse isso, ele pedia que eu o comprasse e como todo pai “preguiçoso” também me pedia que ascendesse o bendito cigarro. Mas vocês meus amigos devem saber, o que uma criança com sete anos faz quando ascende um cigarro? Eu colocava na boca. Sentia uma coisa amarga e me engasgava com a fumaça. Queria descobrir como o meu pai conseguia tragar ou fumar aquele troço. Tudo isso acontecia no trajeto da cozinha até chegar à sala onde meu pai estava com sua lata de cerveja na mão e vendo um jogo que ele tanto era fanático e ainda por cima ele era Flamenguista.
Coloquei essas duas argumentações para que fossem percebidas que uma pessoa consciente jamais colocaria um cigarro na boca e nem fumaria vinte ou mais deles por dia. E eu criança, mal sabia que o cigarro era uma droga e que fazia e faz tanto mal a saúde. Minha gente, era tão bonito ver meu pai soltando fumaça pela boca... pelo nariz... ele só faltava mesmo era sair fumaça das suas orelhas. E eu torcia para que isso acontecesse. Falando sério agora, já que não sou mais tão garota e nem adolescente vejo que a atitude que meu pai ao me pedir o cigarro já acesso para ele não me influenciou para que eu me tornasse uma fumante. Há quem diga, experimenta... é só um traguinho!
Para que essa história não seja tão absurda e mal recebida pelos leitores desse texto, quero que saibam que quando cresci, o meu pai me disse que só fumava por “esporte”. E que na verdade ele não era viciado tanto que ele deixou logo. Na década de 60 os homens mais modernos, desencanados eram os que tinham um belo cigarro entre os dedos porque além de aliviar a ansiedade era um jeito de espantar a timidez e de se sentir livre para fazer tudo que quisessem.
Bem é notável que as propagandas incentivassem isso e muito entre seus fabricantes. Só que hoje acontece o contrário. Exemplifiquemos assim:
As propagandas de cigarros nos meios de comunicação foram proibidas, ok? Minha gente, hoje as pessoas fumam conscientes olhando para as fotos nas próprias carteiras de cigarros advertindo e mostrando cruelmente os danos a saúde. E eu me pergunto: Por que os fumantes não param ao ver essas imagens? Deixo aqui uma pequena contribuição para filosofar essa temática que terá certas justificativas incoerentes. Ainda mesmo grande com o imaginário de uma criança logo me vem à cabeça: Talvez esses fumantes achem que são super-heróis com poderes mágicos para retardar o tempo e a vida que entre uma fumaça e outra, ainda assim não percebem que aos poucos estão adoecendo e o câncer vai chegar mais cedo ou mais tarde.
Tatyane Diniz
28/04/2010
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