Author: Tatyane Diniz
•22:31

O que é a saudade?
Tatyane Diniz

A saudade não tem nada de trivial. Interfere em nossa vida
de um modo às vezes sereno, às vezes não. É um sentimento bem vindo,
pois confirma o valor de quem é ou foi importante para nós, e é ao mesmo
tempo um sentimento incômodo, porque acusa a ausência, e os ausentes
sempre nos doem. (Matha Medeiros - Doidas e Santas, LP&M, 2008:177)


Gosto muito dessa escritora gaúcha pela simplicidade que ela nos passa em suas crônicas.Da meneira como ela olha para outro ao seu redor e não é somente uma leitura descartável, ela é fonte de vida e mais que isso, os seus leitores por um motivo ou outro se identificam em seus textos e isso minha gente é fabuloso. Ela é alvo de críticas porque dizem que sua literatura é de consumo. Mas o que é importante para nós é que todos leiam, não é verdade? Hoje vou saborear o livro Doidas e Santas. E me deparei nessa pequena frase acima. A saudade é isso mesmo... agente sente falta de estar perto das pessoas que mantemos ou por forças maiores mantinhámos vínculo. Dói saber que é na ausência que ela mais se instaura. A saudades da infância, de um amor, dos parentes que se foram, dos amigos e da nossa vidinha que passa em um estalar de dedos. Sintam, sintam muita saudade, se doer é porque realmente valeu a pena amá-los, o resto é puro sofrimento desnecessário.


Author: Tatyane Diniz
•14:42
Uma Imagem
(Tatyane Diniz)
A imagem de alguém
Enfeitiçado na trajetória da vida
É tão forte que nos mantêm
Enraizados e no instante convida
e quando acordo não tenho ninguém.
~~*~~
Tudo parece ideal
a beleza do perfeito.
Almas perfeitas de metal
e insisto por não ter jeito
eu o amo por ser leal.
~~*~~
Olho o jardim agora
uma flor encantada
O bosque aflora
não me sinto amada
Tal qual essa senhora.

Author: Tatyane Diniz
•21:22
~~M .O. T. I. V. O~~

O
que importa?


Deixe
a porta aberta... a sua presença


Esperta
em tudo voltará!

(Tatyane Diniz)

Author: Tatyane Diniz
•11:20



Janela de Arco-íris
(Tatyane Diniz)

Sabe aqueles dias chatos em que precisamos ter que suportar ou engolir. Sim, o mundo me engolia para aquilo que eu não queria ver. Uma pequena chuva caiu e não me molhou com suas lágrimas. Tudo o que eu queria era ir embora, fugir para Pasárgada que Bandeira descreveu tão calmamente em seu poema. Acho que cada um foge para dentro de si mesmo. Sente frio e precisa de cobertor. Talvez eu esperasse que os dias passassem mais rápidos e esse resfriado me pegou.

Em uma aula de gramática o professor vermelho insistia em querer que os alunos aprendam a tal norma culta, padrão ou tradicional. O que ensinar aos meus alunos o certo ou errado, o complexo ou inaceitável. Tudo parece tão perfeito nas regras da vida... se engana, sabia!? Toda regra tem exceção, claro! E eu me via no direito de não aceitar... por exemplo, naquele momento o que me fazia pensar é: O que é um sujeito simples? Resposta: um cara sem atitude que não dá a mínima a nínguém! E o sujeito composto? Resposta: um sujeito que te engana e tem duas personalidades ou mais. E o sujeito indeterminado? Resposta: Ele comete a ação e depois some sem dar explicação, um tremendo covarde diga-se de passagem. E o sujeito inexistente? Resposta: o melhor de todos porque ele não existe em sua vida! Com esses tipos de sujeitos fica difícil classificar que tipo de Sujeito você quer... é uma sugestão.

E eu envolvida na sala, na turma... O meu corpo material estava lá... mas o meu espírito estava livre e ele me levava para qualquer lugar... Ele me guardava e eu sentia isso.

Paciência, é isso! Busco sempre e ao olhar para janela sem compromisso como sempre fazia quando estava assim presa dentro de mim, eis que vejo: Um arco- íris depois de uma pequena chuva. Era lindo, colorido e igualzinho nos desenhos animados, quanta beleza. Não sei explicar o que eu sentia porque fazia muito tempo que o vi. Será uma resposta para um filme preto e branco e que agora eu via colorido. E a aula seguia... e eu quanto mais olhava mais me encantava ao ver o arco íris, tanto que fiquei extasiada e chamei a atenção de todos para vê-lo. Acho que todos pensaram , que menina maluca, eu hein?! O ruim é que ele desaparecia a cada instante de meus olhos. Eu sabia que ele ia embora mas que meus olhos jamais o esqueceria: eles o fotografaram e eu o registrei completamente. Ele sumia... sumia... fitava os olhos, ah como eu o queria.
Author: Tatyane Diniz
•12:14















Música: O Teco e a Preta

(Composição: Tatyane Diniz e Dharma Moraes Alves)


O Teco e a Preta foram passear.
O Teco e a Preta foram passear.
A Preta falou: Teco vem pra cá!
E o Teco veio com o rabinho
Balançando: Chá chá chá chá!


O Teco e a Preta foram passear.
O Teco e a Preta foram passear.
A Preta arranjou um namorado Preto.
E o Teco coitado ficou chupando o dedo.


O Teco e a Preta foram passear.
O Teco e a Preta foram passear.
O namorado Preto da Preta disse:
- Preta, eu não quero namorar!


O Teco e a Preta foram passear.
O Teco e a Preta foram passear.
O Teco chamou a Preta:
- Querida, eu não sou careta!


P.S.: Sabe aqueles dias em que temos uma fusão com seres iluminados por Deus e cheios de ternura? Foi nesse dia que foi realizada essa composição. Saudades de minha pequena pessoinha admirada... te adoro criança encantada, Dharma! beijos!!!
Author: Tatyane Diniz
•23:33


Adormecido

(Tatyane Diniz)


Lá no último campo da Inglaterra
Onde tudo parecia tranquilo um homem não dormia.
Ficava horas olhando da janela do castelo...
O que tirava o sono?... As estrelas cintilavam seus olhos.
Silêncio... só se ouvia o silêncio.
Cansado de ver tudo passar;
Ele precisa tomar um motivo para sonhar.
Sonhar com o amanhã...
Quem cuidará de seus anseios?
Sinto vontade de ajudar!
Mas ele insiste não querer.
A noite passa devagar.... devagar
Finda-se assim adormecido.
Nos sonhos que têm e por
Medo sente-se acolhido... esquecido.