Author: Tatyane Diniz
•13:42

ALÉM DO CONTATO
(Tatyane Diniz)

Minuto após minuto,
Alimento, delicio me
Meu pensamento.
Voltado ao seu nome
Origem e extremidade são um só.
Sem obstáculos
Verei sua personalidade.
Sensor íntimo.
Nascem comemorações,
De quê?
Ninguém te fala.
Eí, eí!
Feche seus olhos,
É provável imaginar
Que conseguirá amá-lo .
Olhos de vidro.
Visão refratária, machucar.
Pupila dilatada,
Preciso distrai-lo.
Para que ninguém
Venha apagá-lo,
Do meu pensamento.
31/08/98
Author: Tatyane Diniz
•22:49
FLAGELO SECO
(Tatyane Diniz)

Renego minha vida.
Desfruto de um amor que
Nem existe e chupo este fruto amargo.
Me dá prazer ao semear,
Flores secas de laranjeiras.
Bagaços numa esperança,
Cresce em mim, meu corpo...
Mãos calejadas... face triste.
Mente cansada da estação.
Hora que não passa,
Tempo que não chega,
Ano que marca até o fim.
Folhas verdes na tempestade.
Fazendo cósegas por raiz.
Prefiro estar distante.
E acabar em um deserto seco,
Por enchentes o sertão semear.
23-05-99
Author: Tatyane Diniz
•18:41

CONSEQUÊNCIAS
(Tatyane Diniz)

Aos limites de um sonho
Nunca serás impossível de acontecer.
A distância... ingrata, fez com que me afastasse de ti.
Mas não adiantou,
O novo sol surgia iluminando.
As lembranças deixadas por seu amor.
Embora a saudade molhada...
Perante a razão debruçada
Sobre a ilusão dos olhos...
Mereces mais que amor,
Precisas ser amado.
Que o amor dos anjos
Ande junto com seu sorriso.
Trazendo fiéis e fortes alegrias
Em sua vida.
Um dia tenta compreender
Porque eu te amo e
Não me pede meu amor
Pra te esquecer.
05-03-99

Author: Tatyane Diniz
•18:54

EU ME PERDI...
(Tatyane Diniz)
Eu me perdi...
Perdidamente em seus olhos
A luz intensa de te amar.

Eu me perdi...
Perdidamente em seu amor
Colorido de beleza e harmonia.

Eu me perdi...
Perdidamente em seus carinhos
Almejando nos beijos a tua delicadeza.

Eu me perdi...
Perdidamente entre a poesia
Uma fala vida e outra eternidade.

Eu me perdi...
Perdidamente em seus caminhos
Observamos o eclipse sangrando ao sol.

Eu me perdi...
Perdidamente sobre sua presença
Parada olhando pra mim.

30-06-99
Author: Tatyane Diniz
•17:01

Momentos
(Tatyane Diniz)

Às vezes tenho a impressão de
estar buscando um espaço vazio neste universo.
Quantas vezes... parei... e continuei
novamente meus desencontros.
O valor do tudo ainda é escuro
Incerto de se concretizar.
Por isso, gosto de repetir sempre este trecho da poesia de Shakespeare:
E aprende a construir todas as sua estradas no hoje.
Porque o terreno do amanhã é incerto demais para os planos.
E o futuro tem o costume de cair em meio ao vão.
Tantas são as as dificuldades para percorrer
o caminho chamado futuro.
Agora, o que resta a fazer?
Ainda há tempo de buscar... de resgatar...
de si mesmo a essência de ser humano.
Olho triste para o horizonte,
O destino não divide parceiros .
Ele ignora todas criaturas .
Termino aqui... a passagem dessa vitória.
Mas já sinto saudade de não poder
estar desfrutando do melhor da vida:
- As poucas oportunidades.
05-04-05

OUTRAS POESIAS:
(Tatyane Diniz)

A CADA PASSO
EM TODO COMPASSO.
SEMPRE HÁ UM ATRASO
QUEBRADO NO VASO.
A PINTURA DO AÇO
SOLDADA COM LAÇO,
DE FITA DA MENINA QUE FAÇO.

ESTA PULSEIRA TÃO PEROLADA
LEMBRA-ME E UMA SEREIA
ENCANTADA AS MARGENS DA
MINHA CAMINHADA NA AREIA.
Author: Tatyane Diniz
•16:35


Suas mentiras
(Tatyane Diniz)

Ao depender de suas mentiras
Desça o mais baixo impossível.
São suas, as suas mentiras
E de mais ninguém.
Eu sei que elas andam a passos de ratos,
Escondem-se na imundice da face.
Pegue-as, segure-as fortemente...
A pior covardia de um ser é
Trair suas qualidades e esconder seus defeitos.
A lástima da mentira, apodrece a vida.
25-01-08




Author: Tatyane Diniz
•20:11

PENSAMENTOS
(Tatyane Diniz)


Cada qual come
Do fruto amargo
Que a vida oferece,
Mas o preço ao deliciá-lo
Ainda ninguém quis repetir.



Mostre-se importante
Se os outros não comprarem
O seu verdadeiro valor.

Choram palavras de um coração
E enxugo meu amor diante de ti.

Procuro em você o que outro
me proporcionou. E insisto em
meio ao vão; Pela distância e
frieza estampada no silêncio
do teu olhar. És falso e
não sabes disfarçar.
Quero esquecer os dois!
No dia em que decidires que precisa
me perder é enganar a si mesmo.
Cada vez que penso em suas atitudes
é desperdiçar tempo...
Cansei de fazer entendê-lo
com minha literatura
sem graça, que não provoco
sentimento e ao menos comentário.
Desisto, você não tem alma!

Fique de bem com a vida:
-Ela é tão linda!
Se eu pudesse eu pintava a
com as cores da alegria só
pra fazer surgir um
sorriso em sua face.
Você é muito especial aos
olhos de Deus.
Pense nisso!
Author: Tatyane Diniz
•18:34
UM CERTO H.M
(Tatyane Diniz)

Na cor pálida de verão uma moça negra, de pele chocolate destacava-se com seus olhos amendoados. Em passos quase que remando ela saia para trabalhar . Trabalho esse meio insignificante , desumano. O seu chefe, chefe não, um homem mesquinha. Era tão rude e grosseiro que sua voz permanecia nítidas na cabeça da moça. Explorava a tanto ... ela trabalhava todos os dias da semana. Apesar de sua beleza física tinha problemas dentro de si mesma.

Nenhum ser humano aguentaria aquele trabalho sórdido , cruel. O que seu chefe queria era explorar aquele ser escuro, quase preto. Tirando-se a última gota de sangue que restava para provar que é igual aos outros também. A vida é que foi um tanto madrasta.

Vamos por partes. Em meio ao desencontro da esquina da vida de seu trabalho ela conhece H.M. Sim essas são as iniciais de seu nome e não disse mais nada, apenas H.M.

Deixando-se sonhar um pouco aquelas iniciais H.M de: homem misterioso, mágico, mentiroso, musculoso, marginal, malvado, maníaco e mascarado. Depois de todo esforço arrebatado era inútil, acabou voltando pra casa e fitou fixamente o cartão que havia recebido dele.

Mas o que o H.M era então? Como posso explicar ... Ele é... É melhor não falar, outro dia te conto!

Uma tarde vi a moça parada esperando sua clientela na rua do meio, falando só. E falando ao vento porque uma mosca insignificante como sua profissão lambia-lhe. Ah, que nojo! A reação dela ao ver aquela mosca asquerosa... sabia por quantas imundices ela havia passado. Mexeu rápido as mãos no intuito de espantar a mosca, mas ela insistia por um afago seu.

De repente ela lembra do dia anterior a esse em que o H.M fez ao se despedir dela. Ele beijou a no canto da boca. Que estranho, tantos lugares para acariciar aquele corpo moreno e a boca da moça era o preferido da mosca.

E de súbito abriu sua bolsa e lembrando do cartão ofertado pelo homem que no verso dele estava escrito:

"Quando uma mosca tocar os seus lábios, serei eu beijando você.

Seu eterno,

H.M".

Dedico esse conto a um amigo muito especial, o Júlio Enz, embora não nos conhecemos pessoalmente a sua energia está presente em minha alma. E que esse conto surgiu de uma brincadeira que ele fez... dái H.M tomou forma e se transformou nesse texto feito com muito carinho e que todos os homens tenham guardados lá no fundo um certo H.M de ser! É preciso está atento as tendências poéticas porque tudo que é visto como emoção ser torna realidade e saem palavras fantásticas de determinados assuntos. Não existe poesia apenas nas imagens belas, o feio, o grotesco e sujo inspiram-me também. Um beijo com carinho, Julinho que agora te batizo como amigo H.M.
(Tatyane Dinz)
Author: Tatyane Diniz
•18:48

SORRIA
(Tatyane Diniz)
Embora a tristeza,
Insista em ficar perto de ti.
Feche as portas...
Tire os pensamentos negativos
De sua cabeça.
É difícil convencer-se ao
Meio de tantas perdas
Olhe sempre o céu...
Fantasie como criança:
Brincando, imaginando,
As nuvens e criando
Um mundo só seu.
Tudo pode parecer absurdo
... Resistas, não olhes para atrás.
Vá em busca da sua felicidade.
Portanto, não desperdices suas lágrimas.
Corra... Ande depressa
Porque felicidade nunca espera,
Quer te ver sorrir!!!
Author: Tatyane Diniz
•00:50

EU NÃO TE ESQUECI
Quando estava em meus braços
Algo me dizia que
Que voltaria dia ápos dia.
Agora que se foi,
Ao sair de meus braços
Vi meu amor partir
Meu coração sentir
A ferida ali machucada
Demore o tempo...
A cicatriz ficará marcada.
A vejo todos os dias,
Outrora nunca consegui
Olhá-la e comunicá-la:
- Eu te esqueci!
Sou verdade entre a
Saudade e a vontade
De querer te dizer:
- Eu não te esqueci!

Tatyane Diniz
Especialmente para Peka... uma pessoa que gostou de meu blogger!!!
Visite mais vezes...
Um abraço!

Author: Tatyane Diniz
•23:05

Os versos que te fiz
Florbela Espanca
Deixa dizer-te os lindos versos raros
Que a minha boca tem pra te dizer!
São talhados em mármore de Paros
Cinzelados por mim pra te oferecer.
Têm dolência de veludos caros,
São como sedas pálidas a arder...
Deixa dizer-te os lindos versos raros
Que foram feitos pra te endoidecer!
Mas, meu Amor, eu não tos digo ainda ...
Que a boca da mulher é sempre linda
Se dentro guarda um verso que não diz!
Amo-te tanto ! E nunca te beijei ...
E nesse beijo, Amor, que eu te não dei
Guardo os versos mais lindos que te fiz!


Vale apena ler os poemas dessa grandes escritora portuguesa... a delicadeza, nostalgia estão presentes em seus versos mas um tanto triste!!!

SAIBA MAIS SOBRE ELA:

Biografia

Mesmo antes de seu nascimento, a vida de Florbela Espanca já estava marcada pelo inesperado, pelo dramático, pelo incomum.
Seu pai, João Maria Espanca era casado com Maria Toscano. Como a mesma não pôde dar filhos ao marido, João Maria se valeu de uma antiga regra medieval, que diz que quando de um casamento não houver filhos, o marido tem o direito de ter os mesmos com outra mulher de sua escolha. Assim, no dia 8 de dezembro de 1894 nasce Flor Bela Lobo, filha de Antónia da Conceição Lobo. João Maria ainda teve mais um filho com Antónia, Apeles. Mais tarde, Antónia abandona João Maria e os filhos passam a conviver com o pai e sua esposa, que os adotam.
Florbela entra para o curso primário em 1899, passando a assinar Flor d’Alma da Conceição Espanca. O pai de Florbela foi em 1900 um dos introdutores do cinematógrafo em Portugal. A mesma paixão pela fotografia o levará a abrir um estúdio em Évora, despertando na filha a mesma paixão e tomando-a como modelo favorita, razão pela qual a iconografia de Florbela, principalmente feita pelo pai, é bastante extensa.
Em 1903, aos sete anos, faz seu primeiro poema, A Vida e a Morte. Desde o início é muito clara sua precocidade e preferência a temas mais escusos e melancólicos.
Em 1908 Antônia Conceição, mãe de Florbela, falece. Florbela então ingressa no Liceu de Évora, onde permanece até 1912, fazendo com que a família se desloque para essa cidade. Foi uma das primeiras mulheres a ingressar no curso secundário, fato que não era visto com bons olhos pela sociedade e pelos professores do Liceu. No ano seguinte casa-se no dia de seus 19 anos com Alberto Moutinho, colega de estudos.
O casal mora em Redondo até 1915, quando regressa à Évora devido a dificuldades financeiras. Eles passam a morar na casa de João Maria Espanca. Sob o olhar complacente de Florbela ele convive abertamente com uma empregada, divorciando-se da esposa em 1921 para casar-se com Henriqueta de Almeida, a então empregada.
Voltando a Redondo em 1916, Florbela reúne uma seleção de sua produção poética de 1915 e inaugura o projeto Trocando Olhares, coletânea de 88 poemas e três contos. O caderno que deu origem ao projeto encontra-se na Biblioteca Nacional de Lisboa, contendo uma profusão de poemas, rabiscos e anotações que seriam mais tarde ponto de partida para duas antologias, onde os poemas já devidamente esclarecidos e emendados comporão o
Livro de Mágoas e o Livro de Soror Saudade.
Regressando a Évora em 1917 a poetisa completa o 11º ano do Curso Complementar de Letras, e logo após ingressa na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa. Após um aborto involuntário, se muda para Quelfes, onde apresenta os primeiros sinais sérios de neurose. Seu casamento se desfaz pouco depois.
Em junho de 1919 sai o
Livro de Mágoas, que apesar da poetisa não ser tão famosa faz bastante sucesso, esgotando-se rapidamente. No mesmo ano passa a viver com Antônio Guimarães, casando-se com ele em 1921. Logo depois Florbela passa a trabalhar em um novo projeto que a princípio se chamaria Livro do Nosso Amor ou Claustro de Quimeras. Por fim, torna-se o Livro de Soror Saudade, publicado em janeiro de 1923.
Após mais um aborto separa-se pela segunda vez, o que faz com que sua família deixe de falar com ela. Essa situação a abalou muito. O ex-marido abriu mais tarde em Lisboa uma agência, “Recortes”, que enviava para os respectivos autores qualquer nota ou artigo sobre ele. O espólio pessoal de Antônio Guimarães reúne o mais abundante material que foi publicado sobre Florbela, desde 1945 até 1981, ano do falecimento do ex-marido. Ao todo são 133 recortes.
Em 1925 Florbela casa-se com Mário Lage no civil e no religioso e passa a morar com ele, inicialmente em Esmoriz e depois na casa dos pais de Lage em Matosinhos, no Porto.
Passa a colaborar no D. Nuno em Vila Viçosa, no ano de 1927, com os poemas que comporão o Charneca em Flor. Em carta ao diretor do D. Nuno fala da conclusão de Charneca em Flor, e fala também da preparação de um livro de contos, provavelmente O Dominó Preto.
No mesmo ano Apeles, irmão de Florbela, falece em um trágico acidente, fato esse que abalou demais a poetisa. Ela aferra-se à produção de As Máscaras do Destino, dedicando ao irmão. Mas então Florbela nunca mais será a mesma, sua doença se agrava bastante após o ocorrido.
Começa a escrever seu Diário de Último Ano em 1930. Passa a colaborar nas revistas Portugal Feminino e Civilização, trava também conhecimento com Guido Batelli, que se oferece para publicar Charneca em Flor. Florbela então revê em Matosinhos as provas do livro, depois de tentar o suicídio, período em que a neurose se agrava e é diagnosticado um edema pulmonar.
Em dois de dezembro de 1930, Florbela encerra seu Diário do Último Ano com a seguinte frase: “… e não haver gestos novos nem palavras novas.” Às duas horas do dia 8 de dezembro – no dia do seu aniversário Florbela D’Alma da Conceição Espanca suicida-se em Matosinhos, ingerindo dois frascos de Veronal. Algumas décadas depois seus restos mortais são transportados para Vila Viçosa, “… a terra alentejana a que entranhadamente quero”.




FONTES:http://www.instituto-camoes.pt/cvc/projtelecolab/tintalusa/numerodois/tl3.html
http://purl.pt/272/2/index.html
http://www.torre.xrs.net/
Coleção “A Obra Prima de Cada Autor” – Editora Martin Claret


Author: Tatyane Diniz
•22:51

O Pequeno Príncipe - Antonie De Saint- Exupéry


trecho do livro:

-Há milhões e milhões de anos que a flores fabricam espinhos. Há milhões e milhões de anos que os carneiros as comem, apesar de tudo. E não será sério procurar compreender porque perdem tanto tempo fabricando espinhos inúteis? Não terá importância a guerra dos carneiros e das flores? Não será mais importante que as contas do tal sujeito? E se eu, por minha vez, conheço uma flor única no mundo, que só existe no meu planeta, e que um belo dia um carneirinho pode liquidar num só golpe, sem avalidar o que faz , - isto não tem importância?!

- Se alguém ama uma flor da qual só existe um exemplar em milhões e milhões de estrelas, isso basta para que seja feliz quando a contempla. Ele pensa: "Minha flor está lá em algum lugar... " Mas se o carneiro come a flor, é pra ele, bruscamente, como se todas as estrelas se apagassem! e isto não tem importância!


Hoje li novamente esse livro que é uma verdadeira lição de ensinamento de amor e carinho que devemos ter com os outros... e folheando minhas escritas... encontrei esse poema que é um tanto platônico mas muito verdadeiro em meu coração! Espero que gostem!

AO AMOR, PURO E SINGELO QUE DEVEMOS GUARDAR TODOS OS DIAS EM NOSSOS CORAÇÕES!!!

Mesmo se tentasse explicar qual o significado da palavra amor jamais se esgotaria... Assim como as gotas do mar revolto.
E ainda que imaginasse esse amor estaria mentindo para meus sentimentos...
Não é que não acredito no amor... O amor é o sentimento mais puro que unem as pessoas em qualquer lugar do mundo. Basta pensar em quantas oportunidades deixamos de passar por esse medo de não ser correspondido ou ser trocado por um amor melhor ou menos acomodado. Peço sempre a Deus que ilumine minha vida e a de meu amor. Assim saberia a razão dessa nossa vida: Amar e sermos amados!!!
Mas por favor entenda: esse sentimento que alimenta meu coração a cada dia me faz sentir a mulher mais feliz do planeta.
Por isso, quero sempre lembrar de ti com mesmo carinho que uma mãe tem por um filho. A mão que afaga na espera de um beijo teu... Ah se tudo fosse como os contos de fadas....
Levantaria um castelo de areia... Mesmo que o vento ou mar viesse destruí-lo. Mesmo assim brigaria com o vento para ele não destruir nosso amor.
Como não posso viver de fantasias a realidade sempre me acorda e fico sem chão para sonhar!
Ah... Se soubesses o quanto estimo esse dom de amar o mundo seria especial, único ou melhor, encantado!
Se essas humildes e singelas palavras tocassem sua alma na maior essência de teu ser, já me bastaria... Porque consegui penetrar uma minúscula gota no mar de seu corpo em fusão do meu amor por ti.
A espera é sempre difícil e companheira nas horas frias e tristes... Mas como escrevi algumas vezes que vamos estar com outro em pensamento...
Ainda que possa ser ilógico ou melancólico. Sonho um dia te esperar e encher seu rosto de alegria e beijar minha saudade despida sobre essa saudade que sufoca e me alimenta por dentro!
Quero sentir seu perfume todas as vezes que respirar ar puro e gritar aos céus: -Você é a página mais perfeita que o destino escreveu pra mim!!!
Esse seu sorriso alegre que faz meu coração bater de felicidade...
Como eu queria encontrar te hoje e contemplarmos juntos o pôr do sol... Nascer e viver assim sem se preocupar com o depois... Acariciar seu rosto com o sol sendo testemunha desse nosso amor!!!
Quando quiseres ouvir uma música escute o vento pois cantarei onde estiver as palavras doces de primavera que fiz pra ti.
Pode ser que daqui algum tempo não estaremos juntos... Aliás ocorre um momento... Nunca estivemos juntos em carne, mas sempre em pensamento!
Por isso leve me onde quer que tu vás... Pois tu és alguém que não dá pra esquecer!
Mesmo que algum dia venhas me sentir sozinha... Vou lembrar do meu amor por você... Ainda que desencantado e escondido no sorriso do meu rosto. E é com esse mesmo sorriso que vou conquistá-lo quando estiveres de verdade comigo!
O amor é puro e singelo quando se há confiança e afeto... Jamais julga ou ofende o outro... Ele se instala na alma e nos faz feliz!
Cultive o amor puro... Ele é um dom maravilhoso de Deus!
Ame sem Medo ou Vergonha...
Apaixone – se hoje, amanhã e eternamente
Essa foi a forma que encontrei de abrir meu coração...
Quando a brisa te tocar será meu abraço indo te encontrar... Obrigado por você existir.
-EU TE AMO COM TODO MEU AMOR!!!

(Tatyane Diniz)
Author: Tatyane Diniz
•21:48

ACONTECIMENTOS
Papéis coloridos
Uma mancha de lágrima
Quantas palavras escrevi.
Corações recortados de
Uma revista velha...
Ou mesmo um adesivo
No encarte de mais
Uma aventura ilusionista
Onde o artista principal
Era alguém que amava.
O que aconteceu?
Não o ama mais?
Calma!
Foi a página que escrevi
Semana passada.
Novamente decrevo sensações,
Embora ninguém entenda
Porque vivo em um lugar
Cheio de alegria.
Desculpa... Vou atrapalhar!
Existe horas e dias sem direção
Esquece deixa pra lá!
Agora mesmo estive pensando
Vou ligar para meu amor e
Dizer que o amo!
(Tatyane Diniz)
Author: Tatyane Diniz
•00:53


VERÃO
Amanheceu...
O sol me cobriu
com seus cabelos loiros.
Purificou atos inéditos
que aconteceram agora.
Tive febre e dor de cabeça
Porque tomei insolação.
As manchas na pele...
Marcas de um sonho que ficou em mim.
Raios de sol
A maré subiu alto,
Molhou me lavando
as mesmices ouvidas de ti.
Enxuguei ao vento,
balançando coqueiral
hidratante da beleza.

(TATYANE DINIZ)




Author: Tatyane Diniz
•01:22


FRAGMENTOS


É ACABOU...
O inverno consumiu nós mesmos
Vendendo uma obra barata
Foi passado tudo o que mal aconteceu
O último se perdeu no horizonte.
É ACABOU...
Os versos... as palavras...
Cumpriram sua missão
A saudade que doía
Desprendendo a emoção.
Porque nem só no piano
Tocam as mesmas canções
O compositor deixou letras
Embora nunca tocadas ao cantor
É ACABOU...
O mundo ignorou meu destino
Mas não quero tragá-lo agora.

(Tatyane Diniz)

Author: Tatyane Diniz
•15:46


Pai
Fábio Jr
Composição: Fábio Jr.

Pai!
Pode ser que daqui a algum tempo
Haja tempo prá gente ser mais
Muito mais que dois grandes amigos
Pai e filho talvez...

Pai!
Pode ser que daí você sinta
Qualquer coisa entre
Esses vinte ou trinta
Longos anos em busca de paz...

Pai!
Pode crer, eu tô bem
Eu vou indo
Tô tentando, vivendo e pedindo
Com loucura prá você renascer...

Pai!
Eu não faço questão de ser tudo
Só não quero e não vou ficar mudo
Prá falar de amor
Prá você...

Pai!
Senta aqui que o jantar tá na mesa
Fala um pouco tua voz tá tão presa
Nos ensine esse jogo da vida
Onde a vida só paga prá ver...

Pai!
Me perdoa essa insegurança
Que eu não sou mais
Aquela criança
Que um dia morrendo de medo
Nos teus braços você fez segredo
Nos teus passos você foi mais eu...

Pai!
Eu cresci e não houve outro jeito
Quero só recostar no teu peito
Prá pedir prá você ir lá em casa
E brincar de vovô com meu filho
No tapete da sala de estarAh! Ah! Ah!...

Pai!
Você foi meu herói meu bandido
Hoje é maisMuito mais que um amigo
Nem você nem ninguém tá sozinho
Você faz parte desse caminho
Que hoje eu sigo em paz
Pai! Paz!...



~~*~~ Pai de Verdade ~~*~~

Essa música comove e faz meu coração lembrar com carinho do pai que reperesenta pra mim... não se descreve o amor com palavras e sim gestos e atitudes. Ser sua filha é motivo e orgulho e compartilhar minhas tristezas, alegrias e frustações e saber que tenho um ombro bem quentinho em que posso confiar, é tudo.
Obrigado por existir e fazer parte da minha vida: preciso de ti hoje, sempre e eternamente guardado em meus sonhos... És o meu exemplo de vida e dignidade que faço questão de exibir...
O seu sucesso foi e será sempre transmitido no cantarolar dos pássaros todas as vezes que a manhã surgir...
Por isso quero que saibas que desejo-te um aniversário cheio de amor e felicidades!!!
BEIJOS!!!
FELIZ ANIVERSÁRIO!
Eu Te Amo!
Tatyane Diniz
Author: Tatyane Diniz
•13:12


****ALUCINAÇÕES****

Quem não foi para cama sem sono e com a cabeça cheia de idéias? E uma voizinha lá no fundo... quase que música. Levanta, vai realizar teu sonho, sai desse escuro e põe suas idéias em ordem! Tudo bem você venceu.


E o calor amarelado quase que vermelho pingando de seu rosto... como de supetão as idéias dão as mãos e fazem um círculo em forma de neve... mas como se agora a pouco estava tão quente e fervendo. O frio... ah o frio congela quem escreve e escuta o silêncio dos flocos de neve como se fossem renda aqui no nordeste. Mais agora eles ganham cores, infinitas cores iguaizinhas as estrelas do céu e tem um cintilamento sem igual.


Isso faz com que acalme os pensamentos... na correria da vida... pensar é um bem precioso e fazer planos para o futuro é de graça e não custa nada. Só essa maldita inquietação de pensar, pensar , pensar em quase mil coisas ao mesmo tempo... então é chegada a hora de extravasar... é como o pintor que mistura as tintas e com sua dedicação vem uma obra de arte preciosa... e a paixão dos loucos sem ninguém para amá-los.


E tudo isso é pertubador. Com a retirada do calor chega a neve derretida e nesse instante acordem: em um campo de flores espalmados ao som do vento.
(Tatyane Diniz)
Author: Tatyane Diniz
•15:00



SONHOS INUSITADOS
Ao debruçar-se na cama
Pensamentos vádios,
Passaram e levaram
Acontecimentos alucinantes.
Através do tudo e nada
Percebi vários episódios
Melancólicos e tristes.
Outrora, eu suspirei...
Alguém se aproxima
E fala comigo.
Sem razão alguma
Tentei escrever coisas bonitas,
Tentei beijá-lo como nunca
Tentei abraçá-lo,
Mas nada adiantou
Acordei... Levantei!
E ele não existia mais.


Tatyane Diniz
Author: Tatyane Diniz
•12:35

Gotas de Lágrimas!


A dor de ver uma lágrima de suor escorrendo entre os sonhos de um homem é um pecado. Pecado esse que é minúsculo... e a medida que vai caindo sobre a face ao corpo desse homem, a pele absorve e a gota desaparece em meio ao vão.


Quantas lágrimas molharam os rostos das crianças quando não se tinha comida para saciar sua fome. Essa fome matada da criançada some.


Porém vi lágrimas jorrarem do fundo do mundo e poucos conseguirem beber essa água salgada amaragada na garganta e sem sabor algum. Existe água assim? Mas quando se está com sede é preciso bebê-la como se fosse uma bebida boa para que não morra.


Ainda assim... poucos choram para acumular água e mais água... mas a fonte secou... porque o corpo sem água se tranformou.


Suas lágrimas secam quando chegam novamente ao fundo dos olhos? Ouça agora, ela penetrando na pele e sugando seu suor, assim entederá o sofrimento dela ao cair.


Tatyane Diniz Viana



Author: Tatyane Diniz
•13:18
MARINA COLASANTI

Esse foi um dos primeiros textos que li da Marina Colasanti em uma das aulas de um professor de Literatura. É de uma delicadeza de detalhes, apesar de ser uma prosa estão cheios de poesia e encantamento. Essa é a expressão da escritora sempre inspirado do pequeno para chegar ao grande... Tive a honra em conhecê-la no Festival Tim Grandes Escritores em 05 Dezembro de 2007. Não contive o encantamento e fui jogar conversa fora, acreditem ela é super simples, um sorriso nos lábios e doçura ao falar. Então contei que havia feito um trabalho na faculdade sobre ela... e que sabia quase tudo sobre sua vida e então não resisti e pedi um autográfo. E sentei-me na primeira fila do teatro, quase que enfrente a ela... rsr e foi uma delícia aquele dia... Jamais irei esquecer!!!
Quem é ela:
Marina Colasanti (1938) nasceu em Asmara, Etiópia, morou 11 anos na Itália e desde então vive no Brasil. Publicou vários livros de contos, crônicas, poemas e histórias infantis. Recebeu o Prêmio Jabuti com Eu sei mas não devia e também por Rota de Colisão. Dentre outros escreveu E por falar em amor; Contos de amor rasgados; Aqui entre nós, Intimidade pública, Eu sozinha, Zooilógico, A morada do ser, A nova mulher (que vendeu mais de 100.000 exemplares), Mulher daqui pra frente, O leopardo é um animal delicado, Gargantas abertas e os escritos para crianças Uma idéia toda azul e Doze reis e a moça do labirinto de vento. Colabora, também, em revistas femininas e constantemente é convidada para cursos e palestras em todo o Brasil. É casada com o escritor e poeta Affonso Romano de Sant'Anna.
A Moça Tecelã
Por Marina Colasanti

Acordava ainda no escuro, como se ouvisse o sol chegando atrás das beiradas da noite. E logo sentava-se ao tear.Linha clara, para começar o dia. Delicado traço cor da luz, que ela ia passando entre os fios estendidos, enquanto lá fora a claridade da manhã desenhava o horizonte.
Depois lãs mais vivas, quentes lãs iam tecendo hora a hora, em longo tapete que nunca acabava.Se era forte demais o sol, e no jardim pendiam as pétalas, a moça colocava na lançadeira grossos fios cinzentos do algodão mais felpudo. Em breve, na penumbra trazida pelas nuvens, escolhia um fio de prata, que em pontos longos rebordava sobre o tecido. Leve, a chuva vinha cumprimentá-la à janela.Mas se durante muitos dias o vento e o frio brigavam com as folhas e espantavam os pássaros, bastava a moça tecer com seus belos fios dourados, para que o sol voltasse a acalmar a natureza.Assim, jogando a lançadeira de um lado para outro e batendo os grandes pentes do tear para frente e para trás, a moça passava os seus dias.Nada lhe faltava. Na hora da fome tecia um lindo peixe, com cuidado de escamas. E eis que o peixe estava na mesa, pronto para ser comido. Se sede vinha, suave era a lã cor de leite que entremeava o tapete. E à noite, depois de lançar seu fio de escuridão, dormia tranqüila.Tecer era tudo o que fazia. Tecer era tudo o que queria fazer.Mas tecendo e tecendo, ela própria trouxe o tempo em que se sentiu sozinha, e pela primeira vez pensou em como seria bom ter um marido ao lado.Não esperou o dia seguinte. Com capricho de quem tenta uma coisa nunca conhecida, começou a entremear no tapete as lãs e as cores que lhe dariam companhia. E aos poucos seu desejo foi aparecendo, chapéu emplumado, rosto barbado, corpo aprumado, sapato engraxado. Estava justamente acabando de entremear o último fio da ponto dos sapatos, quando bateram à porta.Nem precisou abrir. O moço meteu a mão na maçaneta, tirou o chapéu de pluma, e foi entrando em sua vida.Aquela noite, deitada no ombro dele, a moça pensou nos lindos filhos que teceria para aumentar ainda mais a sua felicidade.E feliz foi, durante algum tempo. Mas se o homem tinha pensado em filhos, logo os esqueceu. Porque tinha descoberto o poder do tear, em nada mais pensou a não ser nas coisas todas que ele poderia lhe dar.— Uma casa melhor é necessária — disse para a mulher. E parecia justo, agora que eram dois. Exigiu que escolhesse as mais belas lãs cor de tijolo, fios verdes para os batentes, e pressa para a casa acontecer.Mas pronta a casa, já não lhe pareceu suficiente.— Para que ter casa, se podemos ter palácio? — perguntou. Sem querer resposta imediatamente ordenou que fosse de pedra com arremates em prata.
Dias e dias, semanas e meses trabalhou a moça tecendo tetos e portas, e pátios e escadas, e salas e poços. A neve caía lá fora, e ela não tinha tempo para chamar o sol. A noite chegava, e ela não tinha tempo para arrematar o dia. Tecia e entristecia, enquanto sem parar batiam os pentes acompanhando o ritmo da lançadeira.Afinal o palácio ficou pronto. E entre tantos cômodos, o marido escolheu para ela e seu tear o mais alto quarto da mais alta torre.— É para que ninguém saiba do tapete — ele disse. E antes de trancar a porta à chave, advertiu: — Faltam as estrebarias. E não se esqueça dos cavalos!Sem descanso tecia a mulher os caprichos do marido, enchendo o palácio de luxos, os cofres de moedas, as salas de criados. Tecer era tudo o que fazia. Tecer era tudo o que queria fazer.E tecendo, ela própria trouxe o tempo em que sua tristeza lhe pareceu maior que o palácio com todos os seus tesouros. E pela primeira vez pensou em como seria bom estar sozinha de novo.Só esperou anoitecer. Levantou-se enquanto o marido dormia sonhando com novas exigências. E descalça, para não fazer barulho, subiu a longa escada da torre, sentou-se ao tear.
Desta vez não precisou escolher linha nenhuma. Segurou a lançadeira ao contrário, e jogando-a veloz de um lado para o outro, começou a desfazer seu tecido. Desteceu os cavalos, as carruagens, as estrebarias, os jardins. Depois desteceu os criados e o palácio e todas as maravilhas que continha. E novamente se viu na sua casa pequena e sorriu para o jardim além da janela.
A noite acabava quando o marido estranhando a cama dura, acordou, e, espantado, olhou em volta. Não teve tempo de se levantar. Ela já desfazia o desenho escuro dos sapatos, e ele viu seus pés desaparecendo, sumindo as pernas. Rápido, o nada subiu-lhe pelo corpo, tomou o peito aprumado, o emplumado chapéu.
Então, como se ouvisse a chegada do sol, a moça escolheu uma linha clara. E foi passando-a devagar entre os fios, delicado traço de luz, que a manhã repetiu na linha do horizonte.
Marina Colasanti (1938) nasceu em Asmara, Etiópia, morou 11 anos na Itália e desde então vive no Brasil. Publicou vários livros de contos, crônicas, poemas e histórias infantis. Recebeu o Prêmio Jabuti com Eu sei, mas não devia e também por Rota de Colisão. Dentre outros escreveu E por falar em amor, Contos de amor rasgados, Aqui entre nós, Intimidade pública, Eu sozinha, Zooilógico, A morada do ser, A nova mulher (que vendeu mais de 100.000 exemplares), Mulher daqui pra frente, O leopardo é um animal delicado, Esse amor de todos nós, Gargantas abertas e os escritos para crianças Uma idéia toda azul e Doze reis e a moça do labirinto de vento. Colabora, também, em revistas femininas e constantemente é convidada para cursos e palestras em todo o Brasil. É casada com o escritor e poeta Affonso Romano de Sant'Anna.Texto extraído do livro “Doze Reis e a Moça no Labirinto do Vento”, Global Editora , Rio de Janeiro, 2000, uma colaboração da amiga Janaina Pietroluongo, da longínqua Oxford.