Author: Tatyane Diniz
•02:00
Desabafo de uma professora apaixonada

Essas linhas mal escritas aconteceu-me agora, por favor aceitem o estado de uma pessoa com dor.

Ainda não me acostumei a escrever 2011, sem rasurar essa agenda e foi sempre assim. Vai ver, foi por isso, que nunca gostei de início de ano. Já é tarde e minha cabeça está fervilhando um monte de preocupações. Se eu não fizer o que o meu coração necessita para ser fiel companheiro de meu ser, é melhor nem ter casamento. Nunca vai dar certo se for começar assim. Tantos caminhos que pretendo seguir. Tantos buracos que vou afundar e quem sabe nem poder sair deles. Porque minhas ideias dão panelas de barro cheinhas de histórias. Panelas de barro, não sei porque escrevi: Panelas de barro!!!??? O fato é que não consigo dormir. Algo o que eu não sei psicográfa esse relato agora. Todos dormem sossegados em casa. E eu como divido o quarto com minha irmã e hoje ela dorme fora, eu posso tê-lo só pra mim. Aqui eu encontro o silêncio para minha solidão. A dor que extremece minha alma de menina. É madrugada, e por ser madrugada ela me faz se sentir tão íntima, tão segura de meus sonhos. Hoje, contei novamente as minhas histórias de sala de aula na casa de uma vizinha. Meus olhos enchem de lágrimas só de lembrar da carinha deles. Escuto longe uma cirene serene: "Pró, pró e pró infinitamente. É a saudade do meu chão, da minha segunda casa- A ESCOLA. E meus filhos, os meus alunos com certeza me aguardam por lá.Os caminhos não são facéis, os sonhos são muitos. Na minha primeira experiência como professora percebi o quanto sou útil aos meus alunos. O quanto desempenho o meu papel na sociedade de forma consciente de meus deveres e direitos. Fui durante 5 meses muito feliz no chão de minha sala de aula.O contrato de afeto e confiança que firmei com os meus alunos. Das horas em que parei minhas aulas para conversar sobre a vida. Para falar pra eles que ainda é possível sonhar com uma vida mais digna. Sim, foi um contrato de respeito à eles e com os outros, da sociedade que eles partilhavam naquela sala quadrada de círculos, da continuidade da vida e respeito às suas indiferenças. Deus, como sinto falta de meus alunos. Consigo ver o rosto de cada um deles vivos em meu coração. A mão dói e mesmo assim insisto para que as palavras caiam assim como as lágrimas que seguro em mim. Não sei descrevê-las - São como chuva no sertão. Esperadas. Eu não queria sentir isso. Eu não sei o que é! Eu amo ser professora e sinto prazer em compartilhar um pouco da minha vida e aprender com a vida de meus alunos. Nossa, como a minha mão dói! Dói saber que hoje é dia 31/01/2011 e meu celular não tocou me anunciando uma notícia boa: ENSINAR.
Fico olhando para um caminho árduo que percorri antes de ser professora: Auxiliar administrativa. Onde as atividades rotineiras eram: permancer 8 horas sentada elaborando planilhas eletrônicas, imprimindo relatórios, resolvendo pendências de clientes etc, etc, etc. E saber que fechada naquela sala eu nunca poderia descobrir o quanto podia ir mais além. Foi um período bom, porque sempre me dedicara a tudo que fizera. É Triste também, saber que deixei a sala fechada de um escritório para me dedicar a faculdade e defini: "Quero estudar" e larguei tudo e abracei a nova ideia de ser professora. É triste saber que 3 anos e meio não foram suficientes para me tornar a expert em didática. E que ensinar só se aprende ensinando mesmo. Será que valeram à pena? Eu aprendi que a sala é um laboratório de Ciências e cabe a cada professor pesquisar cada cabecinha de suas crianças e começa uma investigação quase que policial. Assim eu fiz mesmo sem saber o que eu fazia, mas a cada resposta positiva eu me enchia de vontade. É triste pensar que na solidão do meu quarto eu me sinta presa novamente, sem liberdade. Preciso da sala de aula para me sentir livre. Preciso da história de cada um deles para me sentir plena cidadã. Uma alimentadora de sonhos, esperança e amor. Como a minha mão dói, e não consigo mais escrever, o coração aperta me pedindo para parar de vez. A noite está indo embora e tomara que eu consiga acender os desejos de minha vida. Descobri que não preciso de muito para ser feliz; Quando se tem a felicidade interior conquistada. Alguns leitores de meu Blog me chamarão de louca. Eu não estou nem aí pra eles. Quem sabe ser professor com a alma e por dedicação e chamego vivo nos olhos dessas crianças sabem exatamente o que sinto. Estou orgulhosa pela profissão que exerço. Se o celular vai tocar ou não, pouco me importa. Fui tocada por sentimentos inexprímivéis de meus alunos. A minha mão continua a doer e nada me impede de parar! Eu vou conseguir voltar para o meu chão, à minha outra casa, que por alguns momentos me fez encontrar o quanto o ser humano aumentaria se elevasse a sua alma. Descubro que o que me move a escrever esse desabafo e sei a resposta: PAIXÃO. Paixão pelo meu trabalho em ver sorissos e lágrimas pairando em um universo tão complexo que é a sala de aula e me ver alimentando a alma de uma pessoa.



Amigos...
Minha mão dói de verdade!
Preciso parar!
Qualquer contato...
Avisem me!
O meu chão me aguarda
Vou acreditar!!!

Atenciosamente,

Tatyane Diniz.





Despedida de meus alunos! Momento único em minha vida!
Author: Tatyane Diniz
•20:23





Olá amigos do Quadro!
Andei pintando novas cores por aí. E dessa vez foi com o meu namorado. Fizemos o nosso primeiro Fanzine e distribuímos em uma noite de eventos no Sesc de Petrolina. Foi muito bom ver que alguns amigos aprovaram a iniciativa. "Quem não se mostra não é visto!
Author: Tatyane Diniz
•19:10

Sevos de sua justiça despertam em mim a quantidade de espermatozóides que a humanidade necessita para recriar a devassa insensatez dos erros espasmados no córrego do Rio Macarrão.

Tatyane Diniz
20-01-11
Author: Tatyane Diniz
•18:54


Poeira de pensamentos
Invadem a minha cabeça hoje.
O que eu fiz do meu passado?
Derrubei os meus medos de menina?
Não sei... Não sei!
É tão assustador tudo isso!
O que passa na peneira da vida
São as bagas de um cigarro,
Que traguei e joguei fora o meu
Passado à limpo.
Na casa da boa vingança
Onde o horror descansa,
Permito dormir com o meu
Ursinho azul rasgado pelo tempo.
Em quem me abracei por medo
De deixar de ser criança.

Tatyane Diniz
20-01-11
Author: Tatyane Diniz
•18:44


No calor de uma
Tarde de luar
Aqui estou deitada
Ao som das luzes
E de imagens
Verdes como seres
Postos e exaustos
De tanto se dar:
- Eu te amo!
- Não danou-se
- Então, eu te amo!
A luz se apaga e vejo
Seu beijo me iluminar.

Tatyane Diniz
28/11/2010
Author: Tatyane Diniz
•18:30


É fim de tarde e tomo
Um vinho carbenet
Com o meu amado.
A panela no fogão me
Apressa para escrever
Esse momento:
- Espera, volto já!
- Tá, eu espero, toma cuidado para não se queimar!
- Ah, é quente, mas o sabor... Hum, delícia. Ei, estávamos falando do vinho. Bom espero que ele me queime...
Me esquente no beijo
Que dou em meu amado agora.
Ele lê Álvares de Azevedo e eu...
Leio os seus beijos em minha boca.
Sua palavra dentro da própria palavra.
É assim que me admiro dentro de uma
tarde tão insignificante.
Pórém me divirto
Olhando para os meus eus interiores.
Tão superiores quanto a carne
Que como nesse almoço janta agora.
Eita, amor!!!

E uma taça de cabernet se espatifou no chão.

Tatyane Diniz
Author: Tatyane Diniz
•18:07

PASSAGENS

Doce inferno,
O dia que me vi
Rodeada de versos.
Os malditos versos
Para uma mulher
Vermelha infeliz.

Triste inverno,
O dia que me vi
Plantada no portão
De sua casa amarela,
De campos verdes.
Semeadas correntes de
Tristeza, gozo e alegria.

Amado universo,
Em que pús os pés
No meio do caminho
De uma vida sem volta.
De um prazer por prazer.

Agora, sobrevivo de
Pão e ódio pelas
Correntezas do alvorecer.
Maldita seja três vezes
O cárcere, o litigioso.

Mundo dos injustos
Sobras de velas
Alçimentam espíritos
Que mamaram em
Meus pequenos seios
Febris de terno amor.
Em mim, o amor
Nasce e morre como
Um dia de lua
Cheia sem dragão.


Tatyane Diniz
03/01/2011
Author: Tatyane Diniz
•01:14


Pensamentos nus
são escritos agora.
E agora?
Será que é a hora?
O fato é que eu mesma deixei
que a caneta me guiassem
os meus passos de
menina por linhas
infinitas para depois
se fecharem nesse caderno.

(Tatyane Diniz)
18-01-11
Author: Tatyane Diniz
•00:40

É por descrever os lençóis
de uma noite de amor
que o sangue rompe
nas maçãs do meu rosto.
A irmã mais velha
do meu corpo esquerdo
me pede com ar estúpido
que chega a vencer
todos os escapes do meu ego.
O negro preto de todos os tons
do meu perverso segredo
impedem-me de tocar as
algemas de sua tortura maior.
Estrelas caem como chuva
de uma bela tarde de jóias
caras de sucata
que foram usadas para adornar
a minha pequena perna amarela.
É noite e o som dos lobos me avisam
que vieram comer o azuldo céu que rompe
o fulgor de uma manhã
alavancada de pesos calmos
estampados de flores no meu
enroscar do dia que nasce.

(Tatyane Diniz)