Author: Tatyane Diniz
•19:10

Sevos de sua justiça despertam em mim a quantidade de espermatozóides que a humanidade necessita para recriar a devassa insensatez dos erros espasmados no córrego do Rio Macarrão.

Tatyane Diniz
20-01-11
Author: Tatyane Diniz
•18:54


Poeira de pensamentos
Invadem a minha cabeça hoje.
O que eu fiz do meu passado?
Derrubei os meus medos de menina?
Não sei... Não sei!
É tão assustador tudo isso!
O que passa na peneira da vida
São as bagas de um cigarro,
Que traguei e joguei fora o meu
Passado à limpo.
Na casa da boa vingança
Onde o horror descansa,
Permito dormir com o meu
Ursinho azul rasgado pelo tempo.
Em quem me abracei por medo
De deixar de ser criança.

Tatyane Diniz
20-01-11
Author: Tatyane Diniz
•18:44


No calor de uma
Tarde de luar
Aqui estou deitada
Ao som das luzes
E de imagens
Verdes como seres
Postos e exaustos
De tanto se dar:
- Eu te amo!
- Não danou-se
- Então, eu te amo!
A luz se apaga e vejo
Seu beijo me iluminar.

Tatyane Diniz
28/11/2010
Author: Tatyane Diniz
•18:30


É fim de tarde e tomo
Um vinho carbenet
Com o meu amado.
A panela no fogão me
Apressa para escrever
Esse momento:
- Espera, volto já!
- Tá, eu espero, toma cuidado para não se queimar!
- Ah, é quente, mas o sabor... Hum, delícia. Ei, estávamos falando do vinho. Bom espero que ele me queime...
Me esquente no beijo
Que dou em meu amado agora.
Ele lê Álvares de Azevedo e eu...
Leio os seus beijos em minha boca.
Sua palavra dentro da própria palavra.
É assim que me admiro dentro de uma
tarde tão insignificante.
Pórém me divirto
Olhando para os meus eus interiores.
Tão superiores quanto a carne
Que como nesse almoço janta agora.
Eita, amor!!!

E uma taça de cabernet se espatifou no chão.

Tatyane Diniz
Author: Tatyane Diniz
•18:07

PASSAGENS

Doce inferno,
O dia que me vi
Rodeada de versos.
Os malditos versos
Para uma mulher
Vermelha infeliz.

Triste inverno,
O dia que me vi
Plantada no portão
De sua casa amarela,
De campos verdes.
Semeadas correntes de
Tristeza, gozo e alegria.

Amado universo,
Em que pús os pés
No meio do caminho
De uma vida sem volta.
De um prazer por prazer.

Agora, sobrevivo de
Pão e ódio pelas
Correntezas do alvorecer.
Maldita seja três vezes
O cárcere, o litigioso.

Mundo dos injustos
Sobras de velas
Alçimentam espíritos
Que mamaram em
Meus pequenos seios
Febris de terno amor.
Em mim, o amor
Nasce e morre como
Um dia de lua
Cheia sem dragão.


Tatyane Diniz
03/01/2011