Author: Tatyane Diniz
•02:09

Leio cada fragmento
Do seu corpo trazido
Em banho de cores.
O ar que alimenta
Os meus pulmões
Solidifica meu sangue.
Assisto um país
Rompido por guerras,
Becos sem saída
Movem as palavras
Que encontro a caminho.
O suor forte e grosso
Atravessam meus poros
E misturam-se com a
Nitidez de minha face.
Houve um burburinho...
O som é perseguido
Por um moleque de botas
Sujas... imundas de mel.
A cor fria da morte
Suicida-se na imensidão
Dos olhos rasgados
Pela verdade das cores
Retiradas do fundo
Desse papel.

Tatyane Diniz
05/01/2012
Author: Tatyane Diniz
•00:19

FRUTO

O doce que chupo
Agora desfalece
Em meu sorriso...
Uma eterna cristalina
De cores surrealistas.
Dizem o sabor que
Eu trago no estômago.
Eu furto o fruto
Roubado de esmolas
De dondocas paridas.
E sinto um gosto
Alimentado de preconceito.
E jogo as sobras
Aos cegos deitados em
Suas loucuras terríveis.
Um pouco do doce
Adocica o fruto que
Furto de você agora.

Tatyane Diniz
07/01/2012