Ao pintar cores de cinza
Uma poesia quase explodiu.
A palavra tão pequena,
Tão minúscula
que mal cabia na minha mão.
A tarde chegou em
Uma sala fria, sonâmbula.
Que quase o infante descobriu
A criança que dorme em hera
Era minha eterna primavera.
Triste dia que deixei
Em casa a minha cartela de cores
Espalhadas no chão da
Minha atmosfera morna.
Partículas se dissolvem em mim.
As cores são neutras.
Comi o pastel logo pela tarde.
E não sobrou nem um tom
De queijo aguado
Para pincelar minha cor de boca.
A poesia que fiz hoje
Não tem cor alguma.
Tatyane Diniz Viana 17/03/2011
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